12 de março de 2012

Veneno mortal!

A luz difusa da lua desenha…
Sombras no soalho gasto, riscando de prata o mar
Corpos molhados saídos do banho
Enrolados na toalha perdida num salão de prazeres…
Corpos que se olham, aproximam, descobrem
Suspiros soltos no ar… numa sala vazia
Olhos que se fecham e tocam num abandono embriagante
Num tapete enrugado, testemunha transparente do amor
Peles arrepiadas que se roçam, apertam e desejam
Dedos que se passeiam, bocas sedentas de amar
Dança ritmada que desperta a luxúria
Vontade voraz de fusão… adormecida
Entre os pingos de água que caiem no chão…
Amante silencioso do desejo
Sugado entre as unhas que riscam a pele
Molhada de suor, línguas que se encontram
Saboreiam, consomem desejos latejantes
Alimentam gemidos (des)controlados, alucinados
Olhares que se unem, em corpos penetrados
Jogo de forças divididas, partilhadas
Em toques percorridos em silêncio
Tremores afogados em orgasmos repetidos
Galopados em (des)compassos fortes, firmes
Bailado sem fim, perdido entre suores e salivas
De um amor ansiado, desejado, urgente
Tecido nos sonhos, nas fantasias de olhos fechados
Bocas que se trocam em prazeres, de corpos abandonados,
Cúmplices, esmorecidos em explosões finais
Dessa mistura de veneno mortal
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