22 de abril de 2012

Sonho(te)...


Sonho irreal e impossível…
Toque infindável da minha mente dorida, cansada…
De ser o espinho retorcido nesta busca
Incessante de um caminhar errante, sempre mais próximo de ti…
Onde um dia o branco alvo me enfeitiçou
Se corrompeu, profanou, para todo o sempre…
Lamentos se quebram nas constelações celestes
E a mente corre desenfreada por entre vazios
Sinuosos de um desejo tardio, almejado
Pelas cinzas da memória, onde um dia trajou de preto
Minha mão na tua, incandescente toque doce
Qual atracção irresistível! Qual melodia cantada por anjos e arcanjos!
Canta(me)!... Em sussurrros baixinhos…
Palavras t(r)ocadas pela língua do desejo
Palavras cruzadas no veneno vivo da melodia
Ansiosa, translúcida, esfomeada…
Expectante desse beijo puro que guardas para mim
Recitada pela inquietude da alma… escarlate
Toca-me!... Provoca-me!...
Veneno puro dos meus sonhos! Tentação desmedida de pureza
Guardada  no porão do esquecimento…
Entrego-me ao silêncio profanado pelos teus olhos
Qual espada impiedosa que me penetra o ser
Lânguido, lascivo… esperando o teu acordar
Da seiva que me percorre as entranhas
Perdida na (in)sanidade da escuridão que declamas…
Vinde! Pousar suavemente esses dedos aveludados
Neste espectro adormecido, esquecido na inocuidade dos tempos
Mata-me de um só golpe e faz-me renascer entre as tuas pernas
Dentro dos teus braços, como eras enredadas e nascidas no Éden
Nesta vontade voraz de pertencer(te), desejo (in)finito de ser(te)
Onde me perco, e bebo de ti…
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