Desenho-te na ponta dos meus dedos, onde mora a saudade e o desejo… longe do olhar perdido, na imensidão das horas mortas, dos minutos contados no tempo esquecido, na esperança vã de te voltar a ter, e sentir… percorro-te por entre as letras do infinito, em acordes tacteados pela emoção deixada pelos gritos da tua voz, pelo toque silencioso das palavras incendiadas de paixão… fecho os olhos e sinto-te nos beijos que deixaste suavemente espalhados pelo meu corpo, num arrepio único de prazer, esperando alcançar o sonho distante da imaginação… acordaste em mim vozes adormecidas do passado descolorido, e na alma plantaste de novo uma vontade de voltar a voar sem limites na magia de apenas ser, esquecendo-me de acordar…
2 comentários:
se pudessemos tantas vezes simplesmente esquecermo-nos de acordar.
Miguel,
Seria bom, mas a vida não permite... senão passa e ficamos para trás.
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