Entrando em mim, deixando fluir a energia que vem do imenso universo e trespassa furiosamente a alma como um furacão, arrastando tudo numa enchurrada desmedida, sobrando um rasto de sentires contraditórios, que me alucinam o pensamento, e saiem em gotículas de suor por todos os poros da pele, limpando os restos mortais do que já morreu… e sobram em mim espaços por preencher, canais abertos, vazios, onde circula o nada, que em tom quente, numa espécie de sussurro murmurado baixinho ao ouvido da imaginação, a mente levanta voo em movimentos circulares e retorna revigorada pela força ancestral das dimensões esotéricas. E mais uma vez, o retorno da alma, faz crescer água na boca pela vida que ainda há-de vir para se viver, olhando com esperança o futuro incerto na linha perdida do horizonte onde a vista não consegue alcançar, onde as cores do azul do céu e a luz brilhante dos raios do sol nos mostram que a vida nada mais é do que o ar puro que respiramos... e sentimos penetrar lentamente pela garganta abaixo até aos pulmões, que se enchem e esvaziam em movimentos ritmados ao som dos batimentos cardíacos, como um tambor afinado que bate certinho, como se soubesse a melodia de cor...
4 comentários:
Muito lindo mesmo.
"A vida nada mais é do que o ar puro que respiramos"
Beijinhos
Amiga,
É este respirar que temos que respirar; com força e devagar encher o peito de ar e depois o libertar...
Bjos
Menina do Cantinho,
Obrigado pelas tuas palavras.
Beijos!
Luz,
Antes de fazermos qualquer coisa na vida temos de nos encontrar a nós próprios, para depois seguir o caminho, seguir em frente...
Beijinhos. :)
Enviar um comentário