16 de maio de 2011

Preocupação de mãe!

Qualquer mãe deseja sempre o melhor para os seus filhos, pelo menos o suposto é que assim seja, mas existem situações na vida que ultrapassam qualquer entendimento, qualquer vislumbre de razoabilidade racional quando entre um casal as discussões assumem proporções para além do concebível, para além do que um dia se imaginou viver. E pensa-se: valerá a pena? Será justo que qualquer adulto que tenha dois dedos de testa faça com que uma criança inocente passe pelo tormento quando um casal vai transformando num inferno o seu dia-a-dia? É normal e saudável que por força do egoísmo dos adultos uma criança tenha de assitir a uma guerra inglória?... Estas e tantas outras perguntas ficam sem resposta quando ao invés de um sorriso nos lábios e um brilho no olhar de tenra idade se vislumbra um olhar vago, uma lágrima caída de quem se sente rejeitado pela própria vida, como se não pertencesse a lugar nenhum. É legítimo uma mãe querer colocar a mão por baixo de todas as quedas que os seus filhos poderão vir a dar, mas não será legítimo colocar uma poça de lama para eles se enfiarem lá dentro. É legítimo que qualquer mãe desejando o melhor, esteja sempre lá com a mão estendida, e um colo que não tem tamanho, mas não é legítimo por força do egoísmo ignorar o sofrimento que infligimos aos nossos filhos de cada vez que um dos elementos agride o outro verbalmente, tentando tirar vantagem na frente de uma criança. É revoltante ver todas as situações que as crianças têm de assistir, por via de um casamento que termina mal, onde a razão deixa de imperar, onde nem os bons sentimentos já existem, e os adultos se esquecem de ser adultos,  passando de forma egoísta por cima dos sentimentos e desejos das crianças. O indicador dos divórcios é cada vez maior, estará talvez na altura de pensarmos duas vezes antes de colocarmos no mundo outros seres humanos para os fazer passar por este tipo de situações, e indo mais longe, será talvez melhor pensarmos e olharmos verdadeiramente para o que desejamos, para o que se pretende de um casamento, sem ilusões, sem máscaras, sendo verdadeiros, porque amor não acaba, o que acaba são outros sentimentos aos quais muitas vezes lhes damos esse nome, e que com o tempo se vão desvanecendo. Porque é verdadeiramente revoltante que no final de tanto sofrimento ainda se abandonem as crianças num orfanato como se elas não valessem, nem fossem nada… como se não fossem de ninguém, tornando-as orfãos de segurança emocional. Como se não tivessem sido carregadas durante nove meses no ventre de um ser humano!...

Participação no tema de Maio

4 comentários:

orvalho do ceu disse...

Olá,
Post maravilhoso!!!
Tenho um casal da família que passa por isso, como sofremos todos...
Abraços fraternais

Unknown disse...

Fato

Unknown disse...

Real

Unknown disse...

Fato

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