24 de junho de 2011

Minhas mãos vazias...

Carrego nas mãos vazias…
O fel dos segredos ocultos da noite da (des)esperança
Acalentando a suave linha da maldição
Teu olhar incerto… me incita a continuar a busca
No breu da noite, os suspiros da melancolia
Despertam o coração adormecido, sufocado pelo veneno
Dos limites da vida, no desespero de um grito
Dos vícios ociosos empedernidos nas curvas da existência
Tua boca cala os sussurros que outrora gritava ao vento
E deambula pelas ruas da tristeza como um moribundo
Farejando a carne fresco… profanando a alma celestial
Essa… que vagueia pelo longínquo espaço da memória
Onde as palavras não têm mais retorno
Nem têm mais eco na luxúria sentida pelos amantes
E meus olhos choram… lágrimas de dor
São as vozes do desespero, da angústia perdida
No tempo em que a morte passeava sem capuz
Como um anónimo sem rosto, e sem nome
O triunfo do vazio alado, cavalgando pelas sombras
Pelos caminhos tortuosos da obscuridade (ir)real
Pelos sepulcros da noite…
Um lunático invade os lamúrios do desejo insano de te possuir
Numa figura lasciva de se libertar, e no final…
Permanecem os restos dos que já foram sem deixar rasto
Dos que ainda tinham algo para dar ao mundo
E ficam as marcas dos que tudo deram, deixando o vazio…
Que carrego nas mãos vazias…

1 comentário:

Cátia Correia disse...

Gostei do teu blog (:
Parabéns :D

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