24 de setembro de 2011

Bailo no sonho...

Rendo-me ao tempo!
Infinito rendilhado de cordas emaranhadas pela vida
Nos beijos que sinto nas profundezas da alma
Em linhas (in)certas, traçado perfeito
Dessa volúpia (des)concertada, tocada
Pelos nossos corações, palpitantes, desfalecidos...
Em gestos invisíveis, imaginados me entranço
Em palavras vagueio, que dizem tudo ao dizer nada
Perdida em contemplações do paraíso
Em buscas do amor puro!
Num silêncio gelado de tons escarlate
Abandono-me aos versos por ti declamados
Em olhares flamejantes de desejo
Divinamente escritos do outro lado do mundo
Acompanhas-me nos suspiros, nos lamentos...
Nesta paixão, aquela que nos aquece por dentro
E me(te) queima as entranhas mais fundaa
Perdição dos meus anseios e sonhos!
Trocamos confidências, segredos, devaneios...
Um sem fim de mistérios por desvendar
Enraizados no teu (meu) reduto mais intimo
Numa dança levemente sedutora
Como uma rosa acariciada pelo vento
E no escondido das noites iluminadas pela divina lua
Caminha o silêncio pelas estradas tortas da alma
Entoando uma canção vazia, do nada que somos...

2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Este poema é uma rendição ao tempo e à distância.
Porque as tuas palavras imobilizam os relógios e e engolem a distância.
E nem se afogam no oceano dos lugares comuns tão frequentes em temas idênticos.
Gostei, como é óbvio. Porque o teu poema é excelente (tudo o que escreves é muito bom, aliás).
Beijos, querida amiga.

Secreta disse...

O tempo...como base de todos os devaneios.
Beijito :)

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