Escrever para mim não é juntar letras apenas, é deixar os sentidos falar mais alto, é deixar que os sonhos que me habitam se libertem e sigam o seu caminho, é soltar-me ao vento sem direcção certa, é amar a tudo sem regra, sem limites, sem julgamento, sem imposição. Escrever é ser capaz de voltar a ser criança depois das lambadas da vida me ensinarem a ser dura, a construir muros em vez de laços, e depois das lições que aprendi ainda conseguir olhar de frente, cara a cara, o infinito, o abismo, a solidão… sem que estes me engulam e me dominem. Escrever, é ser solitária mesmo quando estou acompanhada em todos os minutos, mesmo quando alguém julga entender-me, será sempre um acto isolado da alma, que grita e não quer permanecer encerrada dentro de si. Escrever são os raios de sol que me entram pelos olhos dentro, são os cheiros das flores do mato que me invadem o corpo, são as sensações que a natureza provoca em mim de cada vez que ela me mostra a sua força imperativa, a sua grandiosidade, são os sorrisos que se abrem nos meus lábios ao observar o simples voo de uma borboleta. Escrever é tudo o que faço na vida, nas palavras que me compõem e descompõem, nas que me formam ou não, nas que eu agarro no ar, e nas que me fogem de vista. Escrever é a minha alma que fala como mensageira do universo!
4 comentários:
Então não deixe de escrever nunca.
Beijinhos
Escreve-me...adorava...
Sou como tu... escrever é dar voz à alma e ao coração.
Beijito.
...e escreves muito bem, não deixes de escrever.
(a exposição está para breve, espero eu:)...)
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