24 de março de 2011

Segredos... silêncios!

Vai-te de vez!
Fora da minha memória!
Faz-se silêncio!...
Fica no ar o perfume da ausência do teu tocar
que lentamente me cobre o corpo nu.
Respiro o odor do teu corpo no ar
canto suor, dor e paixão.
E deixo-me embriagar na memória do teu olhar
Lambo a ponta dos dedos
Sabem a rosas... com um rasto de luar…
Numa voz fraca: grito!...
Entorpeço-me nas linhas dum romance mal acabado
Tranco-me no silêncio...
e anseio pela ternura do toque do teu desejo,
enrolada nos sons do teu prazer, do teu pecado!
Num sorriso inocente que passeia nos meus lábios
cruza-se o impossível, o improvável
e apagam-se as luzes!
Apenas os teus olhos me iluminam
e num sussurro quente e tímido
a tua voz proclama:
- Não pares! Fica onde estás!...
Acende-me!... Enlouquece-me!
E num sem ruído prolongado...
selam-se bocas em segredos quase eróticos!
Cai o pano, e destapa-se a alma nua
Descobre-se a ardência da volúpia dos corpos,
E numa voz fina e aguçada, ouve-se:
- Vem!... Desvenda-me num beijo...
Que o tempo esgota-se no infinito.
E mostra-me...
...a terra desconhecida que me invade
...o quanto te amei antes de te encontrar!
O silêncio quebra-se e a luz revela o teu vazio!

2 comentários:

Sotnas disse...

Olá Sus, desejo que tudo esteja bem contigo!
Palavras expressando sentimentos diversos, em um mesmo sentimento, o amor!
O conhecimento próprio em profundidade proporciona esta sensibilidade expressiva!
Parabéns Sus pelo belo poema , um desejo , um sonho, que ainda assim é deveras belo!
Esta com saudades de parar por cá, e viajar em teus escritos, cheios de sensualidade!
Desejo a você e todos ao redor infinita felicidade, agradeço pela amizade, abraços e até mais!

Secreta disse...

"Vai-te de vez!
Fora da minha memória!
Faz-se silêncio!..."


Por vezes e, por muito que nos custe... é mesmo isso que temos de dizer. Depois, depois vamos ter de nos acostumar ao vazio que fica...

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