22 de julho de 2011

Leve toque do meu corpo...

Oh! Toque irreal da minha imaginação!
Rasgo a roupa da tua pele, macia, doce…
E entrego-me  num abandono puro de sedução
Tacteando vagarosamente os dedos em cada curva tua
Desbravo caminhos, como uma onda do mar
Que se verte no teu corpo, um beijar de praia salgada…
Leve, tímido, delicado…
Toca-me! Embala-me! Nesse mar agonizado!
Com leves pinceladas de luz da tua alma na minha
Uma fusão celestial de orvalhos nascentes
Nascida no inconsciente da vontade em delírio
Que se agiganta desse fogo propagado por cada poro suado
Dá-me a paz! Dá-me a morte!
Rompe o círculo sagrado, oculto pelo derramar dos dias
Nesta criação infame da seiva que me consome as entranhas
Impregnadas de pecados capitais, cometidos...
Em loucos e intensos devaneios
Sou em ti… a rebentação constante, incessante, inconstante
A respiração ofegante pela ânsia de mais almejar
Alucinada pelo olhar que se evade para além do espírito
És–me a mão que me acaricia o peito desnudo
A boca que navega na minha pele
Num bailado místico dos sentidos, e abandono-me a ti…
Doce prazer escondido, proibido pelo desejo
Que os teus olhos sentem ao deleitar-se nas curvas do meu céu
Oh! Sublime expiação! Súplica intolerável!
Mergulho nas profundezas dessa torrente sôfrega
De olhos vendados pela volúpia cristalina,
Embriagada pelo perfume das rosas selvagens que exala dos corpos
Numa união perfeita de auras angelicais

Sou em ti… o leve toque do meu corpo!

3 comentários:

Anónimo disse...

...e beija...enquanto os teus lábios estão rubros e em vida!


beijo

Secreta disse...

Magnifico...esta entrega arrepiante, nas tuas palavras.
Beijito.

Rafael Castellar das Neves disse...

E temos que, ao menos, apenas ser! Tem toda razão...ficou muito bom o texto!

[]s

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