Quando o passado nos atropela de forma alucinada, faltando o ar, que apressadamente desce garganta abaixo, e provoca uma contracção involuntária no peito. Quando tudo o que queremos é parar, simplesmente parar... quando as lembranças do que fomos, da simplicidade que nos envolve a alma se solta e nos envolve de nostalgia, e nos faz lembrar o quanto já demos de nós ao universo, e o quando ainda iremos dar. Quando queremos reter o mundo nas mãos. Quando achamos que conseguimos engolir o sistema planetário de um só trago e devolver a paz às entranhas crucificadas pela tortuosa caminhada. Quando tudo o que queremos é do tamanho inexorável de um bago de arroz, e chegamos à conclusão que os sentimentos pequeninos não têm a importância que lhe atribuímos. Quando tudo o que queremos se resumo a uma pluma largada no vento, suspensa no imaginário do nosso subconsciente. Quando dentro de uma mão cabe todo o nosso mundo, pequenino, mas cheio de tudo o que de mais precioso e frágil possuímos. Quando achamos que estando no chão, ainda nos podemos enterrar mais um pouco, ainda nos sobra forças para lutar contra o irreal, contra o nunca imaginado. Quando toda a dor cabe numa lágrima derramada silenciosamente no escuro. Quando tudo o que queremos, sentimos é... FUGIR!
Participação no tema de Agostoo
9 comentários:
Excelente texto.
Gostei imenso.
A tua participação vai ser um sucesso...
Já há muito tempo que não te visitava... mas vi que andas a escrever muito bem.
Bom resto de semana.
Beijo.
Muito intenso... e verdadeiro!
Gostei bastante da tua participação. O texto está maravilhosamente bem escrito.
Vivi cada palavra, cada ideia, cada imagem.
Belíssima participação!
Já aqui foi dito, mas reforça a ideia: Intenso.
Parabéns.
Beijinhos
Minha querida
Um texto muito intenso em cada palavra um grito e uma vontade de ir apenas sem tempo sem hora.
Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora
Gostei.
Ás vezes queremos fugir por coisas que não têm muita importância, e ver isso nem sempre é fácil.
Sus, minha querida Angel, suas escrituras sempre são latejantes. Doem fundo, mas sem feriri, sem arranhar porque são carregadas de delicadezas e sensibilidades.
Grande abraço e sempre grata por você visitar meu cantinho.
Grande abraço
Muito bom. Fugir as vezes fz bem.
meu blog.
Interação de Amigos.
Link.
http://sandrarandrade7.blogspot.com/2011/08/coletiva-fugir.html
Sandra
Fugir é irresistível e instintivo. Natural como respirar. No fim fica o alívio e, não raras vezes, a vergonha. Gostei da tua participação!
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