15 de setembro de 2011

Cruzamento (in)acabado!

(E)namoro-me de ti!
Nas carícias trocadas
Nos olhares escondidos
Nas palavras envergonhadas
No sentir não pronunciado
(En)canto-me em ti!
Nas danças que ficaram perdidas
Na melodia que só as almas ouvem
Nos toques e acordes do silêncio
Nos passos que decalcávamos um atrás do outro!
...
E foi um tempo...
Em que as minhas mãos eram as tuas
A minha boca apenas pousava na tua
O meu corpo apenas desejava o teu
Sem descanso, sôfrego, alucinado…
Em que eu terminava as tuas frases
Em que cada dia começava sempre com um sorriso
Em que as nossas vidas se misturavam
Num (entre)lace único de sensações
Em que éramos dois loucos
Perdidos na imensidão de um olhar
Sem pestanejar, imóveis como o tempo!
...
Procurei-te na frieza dos dias de inverno
Na neve derretida nos beirais das casas
Nas pingas grossas da chuva que me molhava
Entre a terra que me enche as mãos
Nos delírios dos gritos inaudíveis do ser
Nos naufrágios incertos da vida
Entre as palavras escritas pelo vento no meu rosto
Nos versos do passado perdidos em cartas de amor
E não estavas lá...
...
Foi um tempo...
Em que fomos pássaros livres
Que alcançaram o céu tantas vezes…

2 comentários:

Anónimo disse...

não deixes fugir esse tempo em ti!


beijo

Moonlight disse...

Amiga minha,

Tudo é eterno enquanto dura!
Em ti existem sempre asas prontas para alcançarem um novo rumo,um novo ceu...certamente!
Mas é maravilhoso recordar o êxtase que já foi, um voo, outrora!

Bjinho cheio de luar

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