28 de agosto de 2011

(Des) vendo-te!...

Grito! Aos quatro ventos…
Por essa existência sem retorno
(do pássaro alado, caído dos céus)
Um caminho perseguido até às entranhas
As tuas, contidas nas minhas mãos
Desenhadas pelo destino, cruzado nas laços da vida
Rasgo! O pano que me veste a alma
E prende o caudal do rio
(que me brota dos olhos)
Sem flor, coberto de espinhos
Desse aroma que me hipnotisa, me arrasta
E sem forças, me dou a ti...
Inspiração divina! Devaneio de loucura!
A minha, misturada na tua
Em acordes musicais, provindos do inferno
Ou quiçá das terras dos Deuses
Olimpo (im)puro, de celestiais desejos
Por viver... na saudade que me assola
Essa, que me traz nas mãos, em pegadas ligeiras
Por areias movediças, de um deserto sem fim…
Quebro o silêncio! Demorado como as horas…
De cristal, que te envolve nas sombras
Do passado, que se verga à incerteza do futuro
Aquele, que ainda está no embrião dos tempos
Onde tu te rendes a mim…
Onde as palavras, soltas ao vento…
(te amarram a mim, com invisíveis fitas de cetim)
 No grito que te levou a ti, o coração ancorado no peito
Nesse buraco cativo que tu ocupas!

5 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Minha querida

Um texto como sempre intenso...um amor sem retorno...palavras que são escritas com os dedos da alma e que por vezes são apenas gritos sem eco...lamentos soltos ao vento.

Deixo um beijinho com carinho
Sonhadora

Gonçalo disse...

Andas a ler coisas muitas giras. Depois dá nisto.Boa escrita!

:)

Sotnas disse...

Olá Sus, que tudo permaneça bem contigo!

Claro que há muito por cá não apareço, mas estou, e contente em ler-te novamente. Sempre que venho cá encontro textos de intensa expressão deste amor tão sonhado e planejado, mas, nem por isso tão compartilhado, assim penso eu!
Ainda assim escreve com toda a intensidade da alma e nos presenteia sempre com belíssimos escritos feitos este, e parabéns pela postagem!

E sempre grato por tuas visitas e comentários eu venho deixar meu desejo que você e todos ao redor tenham intenso e deveras feliz viver, abraços e até mais!

A.S. disse...

Um poema intenso! Vibrante! Mas ao mesmo tempo doce e sensual... vislumbram-se doces caricias entre as palavras!


Beijos,
AL

Penélope disse...

Os gritos... os clamores de amors são sempre belos.
Pois grites que um dia ele haverá de ouvir este teu doce chamar, daí não mais gritos, apenas doces sussurros.
Abraços

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